Começou cedo a ser uma pessoa de pessoas. E, era junto delas que materializava aquilo que ainda não sabia ser a sua vocação. Nos grupos que ainda guarda da escola, partilhava aprendizagens e amizade, dentro do seu núcleo mais fechado, mostrava-se criativo, com projectos teatrais encenados aos vizinhos e venda de pinturas “de autor”, pela rua da sua avó. Embora, para Duarte, a área artística representasse apenas uma por entre tanta coisa que gostava de fazer, talvez fosse evidente para a sua família que, mais do que uma pessoa de pessoas, Duarte seria, como é hoje, uma pessoa das pessoas.
A profissionalização começou em 2008, enquanto frequentava o curso de teatro, no Papa-Léguas. Paralelamente aos estudos, começou por dobrar uma série infantil, para a RTP2. Foi por essa altura que também surgiu o primeiro espetáculo, “As Aventuras da Dona Redonda”, a convite de São José Lapa.
Já com alguma experiência no bolso, ingressou na Escola Profissional de Teatro de Cascais, e a “brincadeira” foi ganhando contornos e perspectiva de carreira. Ali, aprendeu que “o teatro, e a representação são campos muito amplos e os caminhos, dentro das áreas, diversos e múltiplos.” Depois, seguindo o decorrer natural de uma jovem mas promissora carreira, aconteceu o primeiro estágio, com casa no Teatro Nacional D. Maria II. Viu-se assim entregue a uma curva ascendente e gratificante de trabalho.
Hoje, recorda as performances autorais que criou, ao lado de João Garcia Miguel, a primeira série que gravou “Chegar a casa”, do Sérgio Graciano. E, ainda, os momentos onde trabalhou com João Pedro Vale, Nuno Alexandre ou João Telmo.
Naquilo que é ser-se actor, Duarte fala-nos numa capacidade de recolha e absorção contínuas, que o próprio diz reconhecer no seu dia-a-dia. “Sinto-me uma esponja. Às vezes, na rua, um feixe de luz ilumina o meu caminho e faz-me sentir alguma coisa”. Para o actor, que já conhece a representação num espectro amplo, em formas e disciplinas, o cinema e a performance mostram-se, na sua vida, como as áreas onde melhor se reconhece, na personalidade e no corpo, são como “dois campos distintos, distantes um do outro, mas ambos viscerais e ligados ao íntimo (…) que permitem uma maior sincronia entre corpo e movimento.”
Hoje, Duarte, encontra-se em Londres a trabalhar junto da renomada Marina Abramovic.
No que diz respeito ao futuro, mostra-se positivo e disponível para colecionar experiências que o enriqueçam e o façam ser cada vez mais humano e completo, num mundo que sabe ser competitivo e árduo. “Nem sempre há espaço para todos, e é necessário trabalhar-se muito e ter-se alguma sorte”, acredita, no entanto, que o caminho é promissor. “Vamos acabar por chegar lá, a um lugar ideal, onde exista, efectivamente, espaço para todos, onde se desconstroem padrões e estereótipos”, no fundo, para que o meio artístico, em Portugal, seja um espaço de partilha, de comunhão, sem filtros e caixas, e sobretudo, de oportunidade e liberdade.
Mara Bento nasceu em Évora, corria o ano de 1993. Cresceu também no Alentejo, sítio onde aprendeu a gostar de letras, leitura e livros. Diz que a inspiração lhe nasce sempre deste sítio bonito e confortável.
Crescida, licenciou-se em Publicidade e Marketing, pela Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, antes ingressou na FCSH. O seu trabalho profissional está intimamente ligado ao mundo das letras, quer pela escrita de artigos quer pelo trabalho de copywriter.
Mara Bento nasceu em Évora, corria o ano de 1993. Cresceu também no Alentejo, sítio onde aprendeu a gostar de letras, leitura e livros. Diz que a inspiração lhe nasce sempre deste sítio bonito e confortável.
Crescida, licenciou-se em Publicidade e Marketing, pela Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, antes ingressou na FCSH. O seu trabalho profissional está intimamente ligado ao mundo das letras, quer pela escrita de artigos quer pelo trabalho de copywriter.