Associação Portuguesa das Artes e da Cultura
Maria Castro
Cantora e compositora
A cantora e compositora Maria Castro traz uma doçura, sentimento e ritmo às suas músicas. Contou-nos que ao escrever, aprende a lidar com emoções, o que significa que a sua inspiração provém de situações do dia a dia, pessoas que conhece e, essencialmente, sobre coisas boas e más que a fazem sentir algo.
Assim, encontrou forma de lidar com emoções que por vezes não consegue verbalizar e eternizar sentimentos, para que se lembre da forma como se sentiu.
O processo criativo da Maria é sempre um momento muito pessoal e talvez um pouco egoísta até, no sentido em que naquele momento está focada em libertar o algo que sentiu, procurando nesse processo algum conforto. Em consequência, sente que poderá ter algum impacto no coletivo, ajudando alguém que se possa sentir da mesma forma, mas esse não é o seu foco principal. E é uma ótima consequência. Não há nada melhor do que encontrar um artista ou uma canção com a qual nos identifiquemos tanto que parece que foi escrita/vivida por nós. “É esse tipo de artista que ambiciono ser também – ser conforto para o outro enquanto obtenho o meu, expressando-me”.
Quando começou a escrever as suas primeiras canções aos 15/16 anos, escrevia em inglês. Sempre achou que o amor em português era “piroso” e que em inglês tudo soava bem. No entanto, ouvir e conhecer cada vez mais canções/artistas distintos portugueses ao longo do tempo, mudou as suas ideias e passou a escrever em português. Ao crescer, também sempre sentiu falta de representatividade em relação a algumas temáticas que hoje em dia passam a ser abordadas, então, sentiu que tinha algo a acrescentar e que podia fazer algo diferente em Portugal.
O seu primeiro EP “Parágrafo” saiu em setembro de 2023 e diz que é um pequeno empurrão para o que virá a seguir, mas também um primeiro “parágrafo” daquilo que quer fazer o resto da sua vida – escrever canções e partilhá-las com o mundo. O conceito do disco teve por base o fim de uma relação – seja esta de amizade, de amor ou outra qualquer. São 5 canções em que se representam pensamentos, ideias, frustrações e ações nas várias fases de “desapego” desta pessoa.
Para o futuro, e já muito próximo, pretende esgotar o seu concerto no dia 17 de maio no Criarte (Carcavelos), onde vai pela primeira vez apresentar o EP ao vivo com banda. Vai ser uma noite muito especial porque as canções vão ganhar vida. E para o futuro, de um modo geral e de forma mais longínqua, continuar a escrever canções, alcançar cada vez mais pessoas com a minha música e tocar muito ao vivo.
