Associação Portuguesa das Artes e da Cultura

Pedro Branco

Guitarrista

Foi pelas mãos da sua mãe que, aos 12 anos, Pedro Branco conheceu a sua primeira guitarra. A relação com o instrumento que poderíamos facilmente declarar como um amor à primeira vista, tornou-se maior, como uma vida conjunta, onde a aprendizagem e a reflexão criativa tomaram parte. Desde muito cedo, o músico começou a fazer música própria, guiando-se pelo instinto e por uma espécie de “esquematização pessoal”.

Aos 18 anos, e depois de um histórico educacional sempre ligado ao universo musical, Pedro dedica-se por inteiro a estudar música, ingressando em duas licenciaturas (Jazz e Música Moderna) e num mestrado em Performance Jazz. A partir daí multiplicaram-se os projectos. Hoje, Pedro é parte integrante da banda de Tiago Bettencourt e membro do grupo You Can´t Win, Charlie Brown, banda com a qual gravou o disco Ambâr e participou no festival da canção. Já dentro do mundo do Jazz, as colaborações mais notórias foram com o contrabaixista João Hasselberg, e com o baterista João Lencastre, com quem, em Agosto, pisou palco no festival Jazz. Ainda no universo dos scats e swings, o músico participou no disco “Unlimited Dreams” que viria a conquistar um prémio Play. 

Foi em 2022 que Pedro Branco se estreou a solo. O processo criativo de onde nasce “A Narrativa Épica do Quotidiano” coincidiu com o período de isolamento pandémico, onde, como que uma bolha isolada e isoladora, o músico se reencontrou “num tempo e espaço interior a que já não estava habituado”. Aqui, as canções surgiram intimistas. São trechos de melodias, referências de experiências próprias e de ideias abstratas que em muito mostram o que o músico é, como sente e como se sente enquanto artista e humano. Depois, de uma digressão pelo país e já com um ano de distância em relação ao lançamento do disco, quando olha para trás, o sentimento dominante é de orgulho.

Não em nome próprio, mas com uma conotação muito pessoal,  Pedro e a restante parte integrante do trio Old Jazz Mountain, interpretam a obra que Marco Paulo celebrizou. Foi depois de ter ouvido o disco “Ver e Amar” que o guitarrista se aventurou, num acto experimental, a eternizar o cantor romântico português em melodias jazz. Novamente, em parceria com o baterista João Sousa e desta vez também com o histórico músico Carlos Barretto. 

Por esta altura o Pedro, com o seu grupo de jazz, já gravou o que vai ser o seu próximo disco de originais, a sair no próximo ano. Neste trabalho, podemos contar a participação do mítico saxofonista norte-americano Tony Malaby e com a particularidade do guitarrista dar mérito ao piano ao invés da guitarra, em todos os temas.

Naquilo que é a sua forma de criar, ser e fazer música, Pedro relembra-nos que “a música é maior que nós todos, e nós somos também maiores com ela. Sem termos sequer que a entender sequer. Os códigos são para ser estudados, mas nós somos sempre servos de fluxos que não conseguimos ver, mas essa percepção é o que faz valer a pena e ainda nos torna humanos”.

Pedro Branco
Mara Bento

Mara Bento

Mara Bento nasceu em Évora, corria o ano de 1993. Cresceu também no Alentejo, sítio onde aprendeu a gostar de letras, leitura e livros. Diz que a inspiração lhe nasce sempre deste sítio bonito e confortável.
Crescida, licenciou-se em Publicidade e Marketing, pela Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, antes ingressou na FCSH. O seu trabalho profissional está intimamente ligado ao mundo das letras, quer pela escrita de artigos quer pelo trabalho de copywriter.

Mara Bento

Mara Bento

Mara Bento nasceu em Évora, corria o ano de 1993. Cresceu também no Alentejo, sítio onde aprendeu a gostar de letras, leitura e livros. Diz que a inspiração lhe nasce sempre deste sítio bonito e confortável.
Crescida, licenciou-se em Publicidade e Marketing, pela Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, antes ingressou na FCSH. O seu trabalho profissional está intimamente ligado ao mundo das letras, quer pela escrita de artigos quer pelo trabalho de copywriter.